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Bahia: Tumulto e confusão marcam aprovação da PEC da previdência estadual

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Foto: reprodução

Por Roberto Gonçalves com Bahia Notícias

O governador da Bahia Rui Costa (PT) poderia ter ajudado a evitar toda confusão que aconteceu nesta sexta-feira (31) em Salvador. Ele como os demais governadores do NE sabiam da necessidade da aprovação da reforma da previdência, mas por capricho de uma ideologia barata e ultrapassada, foram contra. Agora estão literalmente pagando o ‘pato’ e colocando suas digitais no processo.

A reforma da Previdência dos servidores públicos da Bahia foi votada nas últimas horas desta sexta-feira (31), sob muito tumulto, protesto e confusão na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Iniciada às 19h24, a sessão foi interrompida cerca de meia hora depois por conta de ovos jogados no plenário. Um deles chegou a atingir o presidente da Casa, Nelson Leal. Após esse primeiro incidente, Leal prometeu que votaria os dois turnos da matéria (leia aqui).

Antes mesmo de a sessão ser retomada, os deputados foram surpreendidos por uma invasão dos policiais civis em protesto no plenário. O clima ficou ainda mais tenso. Houve troca de pontapés entre deputados e manifestantes, um deles chegou a sacar a arma em direção a um dos deputados (leia aqui), gritaria, palavras de ordem e uma tentativa frustada dos policiais militares que faziam a segurança de Casa de conter os manifestantes. Após uma maior investida dos manifestantes, que avançaram ainda mais no plenário, os deputados abandonaram o local e o pelotão de Operações Especiais da Polícia Militar (Choque) assumiu a segurança do local (leia aqui).

Logo depois, firmada a decisão unânime dos parlamentares de votar a matéria a qualquer custo, a sessão foi retomada na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com as portas fechadas, sem acesso sequer da imprensa. Aprovar a matéria após a ação dos manifestantes se transformou numa questão de honra para os parlametnares.

Do lado de fora, permanecia a tensão e os embates entre policiais civis e os policiais militares. A situação chegou ao limite do uso de gás de pimenta. Diversas pessoas passaram mal, mas seguiram às manifestações. A todo tempo, gritos e palavras de ordem eram repetidos pelo grupo. A essa altura já estavam presentes na Assembleia o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, e do comandate geral da PM, coronel Anselmo Brandão.

Por volta das 22h20, na sala da CCJ, foi encaminhada a votação e aprovado o primeiro turno da PEC159/2020. Imediatamente depois, foi iniciada a discussão para votação do segundo turno, também aprovado. A votação seguiu até, aproximadamente, 23h (leia aqui). Os manifestantes permaneceram isolados na região do plenário até a finalização da apreciação da proposta. Logo após, saíram em caminhada e se concentraram na recepção da Casa Legislativa. Categoria finalizou a manifestação prometendo greve.

A invasão foi classificada pelo líder governista, Rosemberg Pinto (PT), como “lamentável” (leia aqui) e pelo líder da oposição, Targino Machado (DEM), como “bárbarie”, termo que ele atribui à sessão como um todo.

Após fim da sessão, os deputados deixaram a AL-BA escoltados em um ônibus do batalhão da tropa de choque da Polícia Militar.

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