O ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia dar sinal verde para que o valor do salário mínimo deste ano tenha um reajuste que garanta a recomposição da inflação do ano passado. O tema foi discutido em reunião com a equipe econômica, nesta segunda-feira (13), após o período de férias. O custo dessa atitude deve ficar na casa dos R$ 3 bilhões.
Na avaliação do governo, se a mudança não for feita pelo Planalto, o Congresso votará o reajuste, criando um desgaste para o presidente Jair Bolsonaro.
Neste ano, a estimativa do governo que levou ao aumento de R$ 998 para R$ 1.039 considerou uma inflação mais baixa do que a anunciada oficialmente na última semana.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o INPC (Índice Nacional de Preços ao Mercado) de 2019 , que ficou em 4,48%. O percentual veio acima dos 3,86% estimados no fim de dezembro pelo governo ao determinar o valor de R$ 1.039 para o mínimo.
Assim, levando em conta o cálculo usado pela equipe econômica, que parte de R$ 999,91 ao considerar um resíduo de inflação de 2018, o valor chegaria a R$ 1.044,70 usando o INPC integral de 2019. Como a cifra é arredondada ao entrar em vigor, o salário mínimo em 2020 deveria ser de R$ 1.045.
PREVIDÊNCIA
O governo divulga nesta terça-feira (13) a tabela do reajuste da Previdência. Os aposentados e pensionistas do INSS que ganham mais que o piso devem ter o benefício reajustado em 4,48%. Com isso, o teto subirá de R$ 5.839,45 para R$ 6.101,05.
Aumento de salário mínimo implica em despesa extra
De acordo com cálculos do governo, o aumento de cada R$ 1 para o salário mínimo implica despesa extra em 2020 de aproximadamente R$ 355,5 milhões.
Com informações do Estadão Conteúdo e Folha de S.Paulo