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Caruaru, maior colégio eleitoral do Agreste, e Petrolina, mais amplo do Sertão, têm algo em comum remetido ao cenário eleitoral de 2020: os atuais gestores têm que emplacar a reeleição logo no primeiro turno, porque o segundo representa uma grande ameaça de atropelo.
Trocando em miúdos, tanto a tucana Raquel Lyra, em Caruaru, quanto o emedebista Miguel Coelho, em Petrolina, enfrentariam um embate de segundo turno complicado. No caso de Caruaru, Raquel, se não for reeleita de largada, terá que enfrentar depois a junção de três grandes forças adversárias: os grupos de José Queiroz e Tony Gel, e a terceira via criada com o delegado Erick Lessa (PP).
Já em Petrolina, qualquer que seja o candidato da oposição no segundo turno agregaria as forças do ex-prefeito Júlio Lóssio (PSD) com o PSB, de Lucas Ramos, Patriota e a máquina do Estado, com a soma do balaio de votos de Odacy Amorim (PT). Para Raquel e Miguel, a medida de primeiro turno é o tudo ou nada.
Só no segundo
Em Petrolina, há quem aposte num quadro em que o ex-prefeito Júlio Lóssio (PSD) já selou entendimento no primeiro turno com o pré-candidato do PSB, Lucas Ramos. A lógica da política, entretanto, aconselha que quanto mais candidatos de oposição, mais chances da eleição se definir somente no segundo turno, tudo que Miguel Coelho não deseja e faz cara feia. (Por Magno Martins)