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Prefeito Luciano Fonseca (PT), de Bertolínia-PI, é preso juntamente com pai, mãe e esposa

2015

O petista e a família estavam ‘surrupiando’ a cidade de apenas 6 mil habitantes. Eles  foram presos na operação ‘Bacuri’, do Grupo de Atuação Especial de Repreensão ao Crime Organizado (GAECO)

G1 PI / Foto: reprodução

O prefeito da cidade de Bertolínia, Luciano Fonseca (PT), foi preso preventivamente nesta terça-feira (3), por suspeita de improbidade administrativa, na Operação Bacuri, do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. Além dele, foram presos o pai, a mãe e a mulher do prefeito. O MP disse que foi determinada ainda pela Justiça a imediata suspensão do exercício da função pública do prefeito. O G1 tentou, mas ainda não conseguiu contato com a defesa de Luciano Fonseca e nem com a prefeitura da cidade.

O Ministério Público informou que foram cumpridos, ao todo, nove mandados de prisão, sendo a prisão preventiva do prefeito e dos oito presos temporários, que são: Ringlasia Lino Pereira dos Santos (mulher de Luciano); Eliane Maria Alves da Fonseca (mãe de Luciano); Aluízio José de Sousa (pai de Luciano); Max Weslen Veloso de Morais Pires; Ronaldo Almeida da Fonseca; Rodrigo de Sousa Pereira; Kairon Tácio Rodrigues Veloso e Richel Sousa e Siva.

De acordo com a polícia civil, a investigação teve início após relatório do Tribunal de Contas do Estado, que teria detectado irregularidades na cidade. Um dos casos ainda à espera de julgamento é o de uma ambulância da cidade foi achada em uma fazenda e, segundo o Ministério Público, teria sido usada como pagamento de uma dívida pessoal do prefeito. À época, Luciano disse ao G1 que o veículo havia sido leiloado por ser considerado “bem inservível”.

O Ministério Público informou, por meio de nota, que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços do ex-prefeito de Sebastião Leal, José Jeconias, e de empresas envolvidas em um suposto esquema de desvio de dinheiro público por meio de empresas fantasmas, fraude em licitação, lavagem de dinheiro.

A Justiça decretou ainda o sequestro e indisponibilidade dos bens móveis e imóveis dos investigados no valor correspondente à comprovação do desvio aos cofres públicos do município de Bertolínia, no valor de R$ 3,2 milhões.

A execução dos mandados contou com o apoio da Polícia Civil, incluindo a Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR), Polícia Militar, Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE) e PRF.

Ambulância apreendida

Um dos casos que chamou a atenção foi a apreensão de uma ambulância do município de Bertolínia em uma fazenda na cidade de Landri Sales. À época, o prefeito informou ao G1 que o veículo foi vendido em leilão realizado no ano de 2015 e que se tratava de um “bem inservível” para o transporte de pacientes.

Segundo ele, a ambulância foi leiloada na segunda chamada, “dentro da legalidade que o direito público requer”, que disse ainda ter os documentos que comprovavam o leilão. “Vou tomar as medidas necessárias contra quem me difamou”, disse o prefeito.

O delegado Everton Férrer disse que o filho do proprietário da fazenda foi quem informou à polícia sobre a circunstância do repasse da ambulância.

“O filho do proprietário contou que foi repassada a ambulância ao seu pai como pagamento de uma dívida. Essa denúncia veio da delegacia regional responsável por Landri Sales, onde a ambulância estava. Eles acionaram o delegado e eles começaram a investigar e cumpriram um mandado de busca e apreensão nessa fazenda, onde confirmaram que a ambulância estava”, declarou o delegado.

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