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SDS vai apurar denúncias  sobre possível envolvimento de agentes públicos no Caso Beatriz

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Beatriz Angélica Mota tinha sete anos. (Foto: Reprodução/Facebook)

A Corregedoria Geral da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) de Pernambuco informou, por meio de nota, que vai apurar as denúncias feitas por Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica, assassinada em dezembro de 2015, no Colégio Auxiliadora, em Petrolina. Como este Blog mostrou ontem (16), Lucinha esteve no Recife e levou documentos que apontam possível envolvimento de um agente público nas investigações. Os documentos, segundo ela, foram obtidos através de investigação particular paralela ao Estado.

À TV Jornal, Lucinha afirmou que existem provas de que um perito do caso esteve no colégio para elaborar o plano de segurança. Sem citar data, ela contou que esse plano de segurança foi feito depois do crime ter ocorrido. Além disso, de acordo com Lucinha Mota, existe a suspeita de que outros agentes públicos também estão atrapalhando o caso. Ela também informou a situação ao Ministério Público estadual (MPPE).

De acordo com a Corregedoria da SDS, “serão ouvidas as partes envolvidas e testemunhas, além da análise de documentos e outros materiais que colaborem com esclarecimentos“. A corregedoria ainda destaca que, “se houver elementos suficientes, poderá ser instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD)“.

Também em nota, o colégio Nossa Senhora Auxiliadora Petrolina ressalta que teve conhecimento de informações, sobre denúncia apresentada por Lucinha Mota ao Ministério Público de Pernambuco e Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social, através da imprensa. “A instituição não teve acesso, oficialmente, ao teor da manifestação, portanto, não pode, neste momento, emitir qualquer declaração sobre o assunto”, diz a nota, que ainda frisa: “A unidade de ensino reforça que está acompanhando atentamente os desdobramentos da denúncia e no momento oportuno manifestará sua defesa, caso se faça necessário”.

Sem desfecho

O trágico assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, então com sete anos, completará quatro anos no próximo dia 10 de dezembro. Sem desfecho e muito silêncio, o caso é conduzido pela delegada Pollyanna Neri, que está à frente das investigações desde novembro de 2017. A investigação é sigilosa.

Beatriz foi brutalmente morta a facadas durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no Centro de Petrolina, onde estudava. Seu pai, o professor Sandro Romilton, fazia parte do quadro de funcionários da unidade de ensino.

O corpo da menina foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio. Essa sala fica próximo à quadra de esportes, onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola, na noite do crime. A irmã da menina era uma das formandas.

A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 da noite do crime, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado.

Disque-Denúncia

Quem tiver informações relevantes sobre o caso, pode acionar a Ouvidoria da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco – 181; WhatsApp – (87) 9 9911-8104; e Disque-Denúncia (81) – 3421-9595/3719-4545. Além disso, há um grupo de trabalho do MPPE, também por meio do WhatsApp: (81) 98878-5733. O sigilo é absoluto. (Com informações do Blog do Carlos Britto)

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