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Líder do PT diz que prisão de Dirceu é golpe

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“O juiz Moro faz show calculado, pensado, para que isso se desenrole dessa maneira”, disse o líder do governo na Câmara.

O Globo

O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (PT-AC), classificou nesta segunda-feira (3) a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, na 17ª fase da Operação Lava Jato, de “aberração” e tentativa de “golpe”. Para o petista, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, “persegue o PT” e quer colocar o “povo na rua” para derrubar o partido.
Condenado no julgamento do mensalão Dirceu, que estava em prisão domiciliar, foi encaminhado para a Superintendência da PF em Brasília após Moro decretar sua prisão preventiva. 

No mandado de prisão, o juiz que julga ações da Lava Jato na primeira instância diz que o ex-ministro “teria insistido” em receber dinheiro de propina em contratos da Petrobras mesmo após ter deixado o governo, em 2005.
“É uma perseguição declarada ao PT. O juiz Sérgio Moro trabalha com suposições, vai à imprensa, faz show. E a Polícia Federal acompanhando esse show. Isso está virando uma aberração ao Estado de Direito. Está caminhando para um golpe político da caneta. Moro trabalha para institucionalizar um golpe e para prejudicar o PT”, disse Sibá Machado ao G1.

Exaltado, Sibá Machado disse achar que a investigação do esquema de corrupção na Petrobras usa “dois pesos e duas medidas” quando o suspeito é do PT. “Existe um olhar diferente para os mesmos fatos. O Dirceu já estava em prisão domiciliar. Não tinha motivo. É uma orquestra para colocar povo na rua. O juiz Moro faz show calculado, pensado, para que isso se desenrole dessa maneira.”

Já o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PB), afirmou que a prisão de Dirceu demonstra que o modelo de corrupção adotado no mensalão continuou. “O PT não aprendeu com o mensalão, porque o Petrolão é o mensalão ampliado. O método adotado pelo partido foi de aparelhar a máquina pública e de se aproveitar dessa estrutura do Estado para fortalecer um projeto de poder, com financiamento ilegal, com desvio de recursos públicos”.

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