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Delegado substituído pela SDS investigava sete vereadores em Arcoverde

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Delegado Israel Rubis. (Foto: PC/Divulgação)

Novos detalhes sobre a atuação do delegado Israel Rubis põem em xeque se a remoção compulsória dele do município de Arcoverde (PE), no Sertão do Moxotó, para Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul, pode ter caráter político. O Jornal do Commercio apurou que o delegado estava investigando um esquema de desvio de verbas públicas envolvendo pelo menos sete vereadores da cidade – alguns deles fazem parte do PSB. O dinheiro teria sido desviado por meio de pagamentos de diárias para um congresso. O valor ainda está sob investigação da Delegacia de Arcoverde.

Nesta quarta-feira (2) o delegado Israel Rubis deve se apresentar em Vitória de Santo Antão, onde vai atuar na 6ª Delegacia de Polícia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DNARC). Em entrevista ao jornal, na última segunda-feira (1º), ele afirmou que foi surpreendido pela transferência. “Não me foi dada a oportunidade de escolha. Fui apenas comunicado pela Chefia da Polícia Civil. A população entendeu como uma remoção política, em virtude de estarem sendo realizadas investigações contra vereadores, e resolveu se mobilizar contra tal ato. Uma mobilização espontânea, jamais vista em Pernambuco em prol de um gestor”, disse.

Além da investigação envolvendo vereadores de Arcoverde, moradores da região afirmam que a transferência também tem relação com uma perseguição ao delegado, que prendeu o filho da presidente da Câmara Municipal, Célia Galindo (PSB), durante uma operação que desarticulou uma quadrilha especializada em homicídios em dezembro do ano passado.

No último dia 02 de setembro, a vereadora Célia Galindo usou o plenário da Câmara dos Vereadores de Arcoverde para criticar o delegado, chamando-o de “camarada descarado”. A Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) emitiu nota de repúdio, e pontuou que o delegado apenas cumpriu o seu dever ao prender a organização criminosa.

Diante da polêmica envolvendo a transferência do delegado, o promotor de Justiça Bruno Miquelão Gottardi, da 4ª Promotoria de Arcoverde, decidiu instaurar um procedimento para apurar o caso. Ele determinou ainda envio de ofício à Secretaria de Defesa Social requisitando informações sobre o procedimento de remoção. A SDS tem o prazo de 10 dias para responder. Entre as perguntas, o promotor quer saber qual o interesse público na remoção do delegado, e se a mudança de município foi voluntária ou não.

Resposta

Em nota, a Polícia Civil armou que “transferências de profissionais são corriqueiras e naturais dentro não apenas na Polícia Civil, mas em qualquer órgão público. Os servidores públicos devem ir ao encontro da necessidade da população e também atuar de forma integrada dentro plano estratégico de segurança que traga resultados na redução da criminalidade. Insinuar que a transferência técnica tem motivação política é desconhecer completamente as razões reais ou tentar manipular os fatos para tirar algumas vantagens com esse processo de desinformação da população. Como todas as falsas narrativas, não se sustentam”, informou. (Fonte: JC Online e Blog do Britto))

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