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Patrulha Ambiental e Agência Municipal de Meio Ambiente resgatam jiboia em Araripina

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Foto: reprodução

A equipe da Patrulha Ambiental recebeu um chamado que haveria uma cobra Jiboia (Boa constrictor) em uma árvore nas imediações da perimetral em Araripina – PE. De imediato um dos Agentes da Patrulha se dirigiu até a chácara Nazaré que fica nas imediações da Perimetral da cidade e confirmou que era uma Jiboia de aproximadamente 2 metros e estava em uma mangueira e que os proprietários gostariam que o animal fosse retirado para uma área mais segura, devido, estar próximo a uma rodovia.

O patrulheiro ao perceber o porte da Jiboia e com receio de machuca-la no resgate solicitou apoio dos Agentes de Fiscalização da Agência Municipal de Meio Ambiente de Araripina, que prontamente se dirigiram ao local e auxiliaram-no no resgate com sucesso, que foram os Agentes Carlos Gutemberg e Alana Lopes e o viverista Edson Lino. Foi observado que o animal estava com sinais de queimadura, provavelmente esteve em alguma área queimada nas imediações onde fora encontrada.

Seguem algumas características de animais dessa espécie: seu corpo é alongado roliço e ligeiramente comprimido nas laterais. Sua cor é camuflada e confunde-se com o ambiente. São serpentes de médio a grande porte e podem medir até 4 metros de comprimento. Sua reprodução é ovípara. A gestação dura de 127 a 249 dias e nascem entre novembro e fevereiro. Produz de 8 a 50 filhotes por ninhada. São animais carnívoros, mas quase não gastam energia, podendo ficar vários dias sem comer. São considerados animais pacíficos, pois não são venenosas e não atacam o homem. As jiboias vivem aproximadamente 20 anos.

Ao contrário do imaginário popular, as jiboias não são cobras peçonhentas, ou seja, não possuem presa inoculadora de veneno. Elas não são naturalmente agressivas ao homem, pelo contrário, estas cobras geralmente evitam a presença humana. Quando se sentem ameaçadas ou acuadas é que as jiboias se colocam em posição de defesa e podem expirar o ar dos pulmões com força produzindo um ruído característico, conhecido como “o bafo da jiboia”, que não é tóxico e nem causa manchas na pele do homem. Algumas vezes esta tática de defesa também inclui uma mordida por parte da serpente, porém é importante destacar que as jiboias estão apenas se defendendo e não procuram o homem para atacá-lo.

As jiboias desenvolvem suas atividades no período da noite, mas podem ser encontradas ativas durante o dia quando estão procurando abrigo ou alimento. Geralmente estas cobras possuem hábitos arborícolas e terrestres e se deslocam de forma lenta pelo substrato. Algumas jiboias também podem ter hábitos subaquáticos.

Sua dieta é carnívora e constituída por pequenos mamíferos (como roedores e morcegos) aves, anfíbios e lagartos. O bote é a estratégia adotada pelas jiboias para capturar suas presas em potencial. Ela enrosca a presa sobre o seu corpo, comprimindo-a com a sua musculatura corporal até que a presa morra por asfixia. Em seguida, a presa é engolida inteira pela jiboia que, dependendo do tamanho da presa, pode demorar até seis dias para realizar completamente a digestão.

O animal foi levado para uma área de soltura, onde encontrará condições naturais para sua sobrevivência. Fica aqui exposta a satisfação dos agentes envolvidos na ação, de está cumprindo com a missão de proteção a fauna e flora da área onde são encarregados de suas atividades.

É importante lembrar que ao adquirir um animal silvestre que o local de compra seja licenciado pelo órgão regulamentador responsável, pois a compra de animais sem procedência legal contribui com o tráfico ilegal de animais e é crime, afetando de forma negativa a biodiversidade.

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