O ex-assessor do senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, desaparecido desde janeiro deste ano, estaria morando no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. A informação é da revista Veja.
Queiroz foi avistado no Hospital Albert Einstein, onde estaria fazendo tratamento de câncer no intestino. A reportagem afirma que investigou o paradeiro do ex-assessor por três meses.
Ele é envolvido no escândalo de transferências suspeitas de R$ 1,2 milhão na época em que era assessor de Flavio Bolsonaro, quando o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Sua última aparição pública foi em um vídeo publicado no dia 12 de janeiro de 2019, onde dança comemorando uma cirurgia do tratamento pelo qual vem passado.
Segundo a revista, uma pessoa próxima a Queiroz afirmou que a operação não resolveu o problema do tumor. O ex-assessor teria se descuidado tentando permanecer longe da atenção da mídia.
Caso Coaf
Em dezembro de 2018, o hoje extinto Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) detectou a movimentação de R$ 600 mil entrando na conta de Queiroz, além de outros R$ 600 mil saindo.
O Ministério Público acredita que as transferências são parte de um esquema de coleta e repasse de dinheiro de funcionários do gabinete de Flavio.
O Coaf também detectou uma emissão de cheques de Queiroz totalizando R$ 24 mil para a conta de Michelle Bolsonaro, esposa do presidente.
Ao tentar explicar as movimentações financeiras, Queiroz primeiro afirmou que eram de lucros na venda de carros usados. Depois, o ex-assessor afirmou que estava recolhendo dinheiro para contratar mais funcionários para o gabinete de Flávio. Isso, sem o conhecimento do então deputado.
A transferência para Michelle seria um pagamento a Jair Bolsonaro, por um empréstimo.
Apesar do afastamento da família do presidente nos últimos meses, Queiroz é amigo pessoal de Jair desde o começo dos anos 1980. Ele serviu com o hoje presidente na Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro.
O desaparecimento de Queiroz é uma das saias justas usada sempre para questionar a família Bolsonaro.
