O emprego formal no Brasil cresceu pelo quarto mês consecutivo. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério da Economia, em junho, 43.820 empregos com carteira assinada foram criados em julho.

O número equivale a diferença entre as contratações e a demissões. No mês, foram 1.331.189 contratações contra 1.287.369 desligamentos. Em relação ao número de vagas criadas em julho, o aumento é de 0,11%.

De acordo com os dados, 461.411 postos de trabalho foram abertos nos primeiros sete meses deste ano, número 2,93% maior do que na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram 448.263.  Considerando os últimos 12 meses, o saldo também ficou positivo: 521.542 empregos, um aumento de 1,36%.

Segundo o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, os números representam uma lenta recuperação econômica do país. “Consideramos que o mercado de trabalho tem apresentado sinais de recuperação gradual, em consonância com o desempenho da economia. O governo vem adotando medidas de impacto estrutural e esperamos reflexos positivos no mercado de trabalho, na medida do aprofundamento das reformas”, afirmou.

Por regiões e setores

O aumento no número de vagas de emprego foi registrado em todas as cinco regiões brasileiras, mas apareceu em maior volume no Sudeste, com 23.851 vagas (+0,21). Em seguida, vêm Centro-Oeste (9.940 postos, 0,30%); Norte (7.091 postos, 0,39%); Nordeste (2.582 postos, 0,04%) e Sul (356 postos, 0,00%).

Quando considerados os oito setores econômicos, o saldo ficou verde na Construção Civil (18.721 novas vagas), Serviços (8.948 vagas), Indústria de Transformação (5.391), Comércio (4.887), Agropecuária (4.645), Extrativa Mineral (1.049) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (494). Apenas Administração Pública registrou saldo negativo, com fechamento de 315 cargos.

Trabalho intermitente

Das 43.820 vagas criadas no mês, 14,34%, ou seja, 6.286 vagas criadas são da provenientes do trabalho intermitente, quando o funcionário exerce suas atividades em dias alternados ou por algumas horas, não necessariamente todos os dias, e é remunerado por período trabalhado.