Para SPC Brasil, recursos do FGTS devem ter como destino a quitação de dívidas. Volume de inadimplentes cresce 1,73% em julho
CNDL e SPC Brasil / Foto: reprodução
Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que um percentual relevante de pessoas que estão com contas em atraso deve quantias que não chegam a quatro dígitos. Em cada dez consumidores que começaram o mês de agosto com o CPF inscrito na lista de inadimplentes, quatro (37%) devem até R$ 500 e a maioria dos inadimplentes brasileiros (53%) possui dívidas que somadas não ultrapassam R$ 1.000. Outros 20% devem algum valor entre R$ 1.000 e R$ 2.500, ao passo que 16% devem entre R$ 2.500 e R$ 7.500. Já as dívidas acima de R$ 7.500 são objeto de preocupação de 10% das pessoas que estão negativadas no Brasil. De acordo com o levantamento, cada consumidor inadimplente tem, no geral, duas dívidas em aberto.
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, tendo em vista que muitos brasileiros devem valores relativamente baixos, a liberação dos saques das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) servirá, essencialmente, para sanar essas pendências, ajudando o consumidor a voltar ao mercado de crédito. “Quinhentos reais podem parecer pouco para alguns, mas é praticamente a metade de um salário mínimo. Para quem está com contas em atraso, esse recurso extra poderá aliviar o bolso. Mesmo para quem tem uma dívida maior, esse dinheiro pode abater parte do valor do débito e contribuir em uma renegociação com parcelas menores, que possam caber no orçamento”, analisa Pellizzaro Junior.