Presidente da Câmara dos Deputados diz estar sendo vítima de ‘perseguição política’ e afirma que há ‘um bando de aloprados’ no Palácio do Planalto.
O Globo
No encontro com a imprensa que terminou no início da tarde desta sexta-feira, Cunha criticou a atuação do juiz Sérgio Moro: “Ele atuou ontem com aquilo que não tinha competência”. Segundo ele, isso demonstra uma ação combinada do Ministério Público com o governo. E acrescentou achar muito estranho que numa mesma semana o presidente do Senado, Renan Calheiros, e ele sejam citados na investigação da Lava-Jato.
O deputado Eduardo Cunha disse também, que não pode ter opinião diferente do “presidente Eduardo Cunha” sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff: “Só pode ser tratado da forma institucional e legal e não como recurso eleitoral”.
Desáfio ao Delator:
O consultor Júlio Camargo, delator da Operação Lava-Jato, afirmou ontem que o presidente da Câmara o pressionou a pagar US$ 5 milhões em propina referentes à contratação de navios-sonda. Cunha o desafiou a provar.
O presidente da Câmara fará um pronunciamento na noite desta sexta-feira em rede nacional que, segundo ele, será para fazer uma prestação de contas do semestre da Câmara sob o seu comando.
Aos jornalistas, ele ainda afirmou que “tem um bando de aloprados no Palácio”, mas evitou dar nomes quando perguntado alegando que são “um bando”.