O prefeito Geraldo Júlio resolveu jogar pesado no PSB a fim de ampliar o seu raio de influência no governo estadual. Indicou seis dos atuais secretários do governo Paulo Câmara, entre eles Fernanda Batista, de Infraestrutura e Recursos Hídricos. E com o firme e decidido apoio de Antonio Figueira, chefe da Assessoria Especial do governador, está reivindicando agora a vaga do presidente da Compesa, Roberto Tavares, para pôr no lugar dele alguém que reze pela cartilha da secretária.
Tavares foi levado para a empresa pelo então governador Eduardo Campos, que identificou nele o perfil ideal para gerir um “monstro” tão grande e complexo como aquele. Por isso, sua eventual saída não tem explicação, salvo a de que o prefeito deseja mais espaços para construir sua candidatura a governador em 2022.
A propósito, uma das coisas mais nefastas que se inventou na política foi essa tal de “fritura” que consiste no governante atirar às feras um auxiliar do qual deseja ver-se livre. Tavares não merece isto. Aliás, entre ser “fritado” sem nenhuma palavra de solidariedade do governo e pedir logo demissão para retornar ao seu cargo de origem, esta última é a opção menos ruim.