Numa reunião ordinária, nesta quarta-feira (10), o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural elegeu os seis novos Patrimônios Vivos de Pernambuco – 2019. São eles: Mestre Saúba (Brinquedos populares e mamulengos, de Jaboatão dos Guararapes); Maracatu de Baque Solto Cambinda Brasileira (Nazaré da Mata); Mestre Aprígio (artesão do couro, de Ouricuri); Mestre Nado (artesão de instrumentos musicais feitos de barro, de Olinda); Assis Calixto (mestre de coco, de Arcoverde); e Tribo Indígena Carijós do Recife (Caboclinho, do Recife).
Os saberes de cada mestre, a contribuição para a formação cultural dentro do seu território, o tempo de existência, histórico e questões como a regionalização foram citadas pelos conselheiros, nos seis votos que deram, cada um, aos candidatos inscritos no Concurso deste ano.
Este foi o 14º Concurso do Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco – RPV-PE, uma realização do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). O objetivo do prêmio é reconhecer, estimular e proteger iniciativas que contribuem para o desenvolvimento sociocultural e profissional dos mestres e das mestras e grupos de notório saber, “almejando a transmissão de seus conhecimentos e de suas técnicas para alunos ou aprendizes, através de programas de ensino e aprendizagem apoiados ou executados diretamente pela Secult-PE e Fundarpe”.
Nascido em Exu, terra de Luiz Gonzaga, no dia 25 de maio de 1941, José Aprígio Lopes continua em plena atividade de artesão, no município de Ouricuri. Ele confecciona peças em couro e, sem nenhuma pretensão ou arrogância, conta que conhece bem o repertório de Luiz Gonzaga. Ele confeccionou, a partir de 1955, os chapéus de couro usados por Luiz Gonzaga. “Meus chapéus serviram de coroa para os dois grandes reis que conheci, Luiz Gonzaga e Dominguinhos”, diz o Mestre Aprígio. (Portal do Araripe – Foto: reprodução)