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‘Eu não vou cair. Isso é moleza, é luta política’, afirma Dilma a jornal

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Presidente disse que não pretende deixar cargo por manobra “um tanto golpista” da oposição

O Globo

BRASÍLIA – Depois de fazer ontem uma série de reuniões para tentar conter o agravamento da crise política, a presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” que não pretende deixar o cargo por manobra que considera um “tanto golpista” da oposição. Dilma diz que não vai cair e que isso é “moleza”.

“Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política”, disse a presidente . “Vão provar que algum dia peguei um tostão? Vão? Quero ver algum deles provar. Todo mundo neste país sabe que não. Quando eles corrompem, eles sabem quem é corrompido”.

Segundo a presidente, as doações recebidas por sua campanha foram regulares e não há motivos que levem a seu afastamento. Essas contribuições, segundo delatores que colaboram na investigação da Operação Lava-Jato, eram uma forma de disfarçar o pagamento de propinas. Na entrevista, Dilma repete inclusive que não respeita delatores, mesmo quando questionada se isso seria útil para elucidar um caso de corrupção.

Dilma disse que não há base para um pedido de impeachment e que não teme essa possibilidade.

 “Não tem base para eu cair, e venha tentar. Se tem uma coisa que não tenho medo é disso”, afirmou.

A presidente afirma também que não tem culpa no cartório, “nem do ponto de vista moral, nem do ponto de vista político”. Do contrário, afirma, se “sentiria muito mal”. Nega qualquer relação com escândalo investigado na Lava-Jato, que apura principalmente corrupção envolvendo contratos da Petrobras. Segundo ela, “foi cem mil vezes pior” ser presa e torturada durante a ditadura militar do que o momento pelo qual passa hoje. Assim, não há possibilidade de renúncia nem de suicídio, boato que chegou a circular nas redes sociais recentemente.

Dilma foi questionada ainda sobre as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho político. Conforme mostrou o GLOBO em junho, Lula disse em reunião fechada com religiosos que ele próprio, o PT e Dilma estavam no volume morto. Na entrevista, Dilma diz que não se sente no volume morto, que o ex-presidente tem o direito de falar o que quiser e que não faria críticas a ele.

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