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Na CCJ, Moro diz que hackers são ‘criminosos que querem evitar o prosseguimento das investigações’

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“Posso dizer, mais uma vez, que sempre agi com base na lei e nas bases éticas da magistratura”, disse o ex-juiz
  • Por Jovem Pan q Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O ministro da Justiça, Sergio Moro, abriu a audiência pública realizada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (2) reafirmando que não reconhece a autenticidade das supostas mensagens divulgadas pelo site “The Intercept Brasil” atribuídas a ele e a procuradores do Ministério Público Federal (MPF).”

“Ainda não está demonstrada a autenticidade [das mensagens]. O site se recusou a apresentar as informações a uma autoridade independente. Poderia tê-lo feito desde o início. Eu mesmo falei isso na primeira semana. Se não foram adulteradas, não tem problema nenhum”, disse o ministro.

“Pode ter umas ali que eu tenha mandado. A que diz que eu confio nos ministros do STF, por exemplo. Confio, sempre tratei respeitosamente. Se tivesse alguma mensagem ofensiva, já teria saído. Agora, não posso confirmar, pode ter material adulterado total ou parcialmente. O que posso dizer, mais uma vez, é que sempre agi com base na lei e nas bases éticas da magistratura. Foi um trabalho difícil, existem críticas pontuais, mas a Operação Lava Jato mudou o padrão de impunidade da grande corrupção no Brasil”, completou.

Moro ainda afirmou que suspeita que as pessoas responsáveis pelos vazamentos têm medo de que as investigações de corrupção cheguem até elas. “O que existe é uma tentativa criminosa de invalidar condenações. E o pior: minha principal suspeita é que o objetivo seja evitar o prosseguimento das investigações. Criminosos que receiam que a investigação possa chegar até eles.”

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