O ministro da Economia afirma que o Brasil depende das reformas para retomar o caminho do crescimento.
Paulo Guedes reagiu à divulgação da queda de 0,2% do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses do ano passado.
O passo atrás após 2 anos seguidos de expansão foi puxado por resultados negativos na indústria, agropecuária e investimentos.
De acordo com o IBGE, os negócios no campo registraram perda de meio por cento.
A indústria encolheu 0,7%, em grande parte por causa da tragédia de Brumadinho, a crise na Argentina e o desaquecimento do consumo interno.
Já os investimentos em máquinas e equipamentos diminuíram 1,7%.
O setor de serviços, responsável por dois terços da produção de riquezas do país, foi o único a registrar crescimento: 0,2%.
Mesmo com o leve tropeço do início do ano, o PIB ainda ficou meio por cento acima do nível dos primeiros três meses de 2018.
O ministro Paulo Guedes mantém uma boa expectativa para o futuro.
Para fazer a economia pegar no tranco, o governo promete liberar dinheiro do abono salarial do PIS/Pasep e de contas inativas do FGTS, como foi feito em 2017.
Técnicos analisam uma maneira de permitir também o uso do Fundo de Garantia ativo, ou seja, das contas atuais dos trabalhadores.
Pelas regras em vigor, o saque só pode ocorrer em caso de demissão, compra da casa própria ou doença grave.
Paulo Guedes ressaltou, porém, que as medidas virão apenas depois da aprovação da reforma da Previdência.
O governo também lançou ontem a Política Nacional de Desenvolvimento Regional, outra aposta para aquecer a economia.
Com foco no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o objetivo do programa é fortalecer a capacidade produtiva em áreas menos desenvolvidas.
Entre as ações está prevista a ligação digital de municípios nordestinos por fibra ótica, como explicou o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.
O ministro Gustavo Canuto acrescentou que os programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida continuam, mas serão atualizados.