Governador apresentou potencialidades do Estado para empresários, visando a captar novos investimentos e gerar mais empregos
Foto: Marcelo Justo/Divulgação
São Paulo – Governança corporativa, solidez fiscal e segurança jurídica, aliados ao poder do networking. Com o objetivo de acelerar a captação de novos investimentos e impulsionar a geração de empregos no Estado, o governador Paulo Câmara capitaneou, na manhã desta quinta-feira (30), em São Paulo, um encontro de negócios inédito com cerca de 90 representantes do mercado automotivo, entre CEOs, diretores e gerentes de 43 empresas do setor. Batizado de “Match Day FCA”, o evento foi promovido em parceria com a Fiat Chrysler Automobiles, que mantém em Goiana, na Região Metropolitana do Recife, o pólo automotivo Jeep.
“Quando se senta à mesa, quando se conversa, formam-se parcerias exitosas, que realmente fazem a diferença nos negócios, num ambiente como o que estamos vivendo. Para nós, é muito importante ampliar o sonho que Pernambuco tinha lá atrás, de ter um pólo automotivo. Um sonho que se transformou em realidade. A gente não quer ter apenas uma fábrica, mas um pólo de sistemistas. Temos uma parceria (com a FCA) que resultou num centro de pesquisas e desenvolvimento que pensa o futuro da indústria automobilística”, pontuou o governador, destacando ainda o novo ciclo de investimentos, da ordem de R$ 7,5 bilhões, que a Jeep fará na ampliação de sua estrutura até 2023.
Primeiro a ocorrer fora do território pernambucano, este modelo de evento marca uma série de encontros com fornecedores de indústrias em implantação que estão sendo capitaneados pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e a Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado, a AD Diper. Até o mês de maio, o Governo de Pernambuco selou a atração de 58 novas empresas de diferentes áreas de atuação, totalizando aportes previstos da ordem de R$ 12,5 bilhões.
O próximo encontro com potenciais investidores, também em São Paulo, será realizado em julho. O mote será a indústria farmacoquímica. Paralelamente, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, articula para o mesmo mês um “match day” com a indústria metal mecânica, entretanto, em solo pernambucano. Também em Pernambuco acontece nesta sexta-feira (31.05) o Suape Match Day, que reunirá startups e empresas instaladas no Complexo de Suape.
Após as boas-vindas do governador, o secretário apresentou as potencialidades de Pernambuco à plateia de investidores, com destaque para segmentos como o pólo têxtil e de confecções do Agreste, segundo maior do país, onde são fabricados uniformes para a Jeep e empresas sistemistas não só no Estado, mas também de Betim, Minas Gerais.
“É uma prova do que a gente tem dito e repetido: ‘venham experimentar Pernambuco’. A gente tem mão de obra, a gente tem know-how, a gente tem uma produtividade um pouco maior do que a média (do Nordeste) com um custo menor do que os grandes centros”, frisou Bruno Schwambach, reforçando ainda o robusto crescimento do segmento de tecnologia e inovação, cujos interesses e investimentos convergem com o da indústria automotiva.
“O pólo que se localiza no Recife é o exemplo de uma política pública bem planejada e executada. O ambiente de inovação do Bairro do Recife, que há 18 anos era composto por duas empresas, hoje tem mais de 300 empresas, com faturamento em torno de R$ 2 bilhões e quase 10 mil pessoas trabalhando. A gente tem a projeção de quase dobrar de tamanho em quatro anos”, completou o secretário.
EXPORTAÇÕES – A vocação de Pernambuco como plataforma de exportações da indústria automotiva, cuja movimentação na balança comercial do Estado chegou a US$ 488,8 milhões somente no ano passado, segundo o Ministério da Economia, foi um dos destaques da apresentação do diretor de compras da FCA para a América Latina, Luis Santamaria, encarregado de esmiuçar aos potenciais fornecedores os planos de investimento da Fiat Chrysler para a fábrica de Goiana.
“Pernambuco, especificamente a planta Jeep, tem uma vocação de exportação nata. Isso tem que ser explorado sim, com uma base de fornecedores próxima, trazer novas tecnologias, novos investimentos. Na hora que você consegue trazer uma quantidade de fornecedores e grande parte desses são de primeira linha mundial e próxima à planta, começa-se a criar uma cultura de manufatura diferenciada”, explicou o executivo.