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Paulo Câmara diz que conversa sobre reforma se Bolsonaro retirar pontos

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Paulo Câmara e Bolsonaro (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)
Paulo Câmara e Bolsonaro (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

Após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) cobrar apoio dos governadores do Nordeste à reforma da Previdência, o gestor de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), criticou a proposta nesta segunda-feira (27). O socialista defendeu a retirada das mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural, além do sistema de capitalização e da retirada do tema da Constituição. “Enquanto esses pontos estiverem na mesa, na conversa, a gente não tem como defender uma reforma porque ela vai atingir quem é mais pobre”, disse.

“A gente já tem uma posição sobre a reforma. A partir do momento em que o governo entender que esses pontos precisam ser retirados, vamos conversar sobre a reforma. Até agora, os pontos continuam lá na comissão especial”, afirmou. “O sistema de capitalização não está muito bem esclarecido, o que é ele, então em princípio não e bom para a população”.

Na reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), na última sexta-feira (24), no Recife, Bolsonaro condicionou a execução do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) à aprovação da reforma da Previdência.

Assista à entrevista com o superintendente da Sudene no Resenha Política sobre o plano para o Nordeste

“Queria fazer um apelo aos governadores do Nordeste. Temos um desafio que não é meu, é também dos senhores governadores e prefeitos, independente da questão partidária, para executar o que diz o plano”, disse Bolsonaro ao abrir a reunião, realizada no Instituto Ricardo Brennand, na Zona Oeste da capital pernambucana. Essa foi a primeira visita do presidente ao Nordeste desde que assumiu o cargo.

“Ao fazer isso, está misturando coisas completamente diferentes. O que a gente está querendo é ajudar o Brasil”, respondeu Paulo Câmara nesta segunda-feira. “Recursos federais têm que vir, como sempre vieram. Cortar é penalizar os mais pobres. Se há esse condicionamento, vai prejudicar a população em cima de um assunto que, se não for alterado, também só vai prejudicar a população”.

Paulo Câmara participou nesta segunda-feira (27) de uma homenagem ao padre Antônio Henrique Pereira Neto, que foi sequestrado, torturado e assassinado durante a ditadura militar. “Tem que estar sempre relembrando essas histórias, relembrando essas pessoas, para que as novas gerações conheçam e que no Brasil não volte a acontecer o que aconteceu nesse período, em que as liberdades foram tiradas”, afirmou o socialista.

Bolsonaro negou em entrevistas que o regime militar tenha sido uma ditadura.

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