A Associação de Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) decidiu, em assembleia extraordinária realizada nesta quinta-feira (9), aderir à greve geral da educação, com data marcada para próximo dia 15 de maio. Entre os temas debatidos na assembleia, o corte de verbas para as Instituições Federais de ensino foi o principal foco.
Somente na Universidade Federal de Pernambuco, o bloqueio de verba deve contingenciar R$ 55,8 milhões. Dinheiro que é essencial para o funcionamento da instituição, como explica o tesoureiro da Adufepe, Audizio Costa. “Como o professor vai dar aula em uma sala escura? Como vai fazer a limpeza? Vai ficar com o ambiente sujo, com risco de contaminação? Não tem verba para manutenção, então vai ter condições de pagar água. Vamos trabalhar em um local sem água? Vai faltar segurança. Isso é extremamente grave para as universidades”, questionou o tesoureiro.
Ainda de acordo com a Adufepe, 95% da produção científica do país é decorrente das universidades. Com o bloqueio, bolsas de estudo e especializações, investimentos em pesquisas e desenvolvimento precisarão ser cortados. “A Adufepe avalia que é extremamente grave, porque a universidade é um setor da economia brasileira que produz conhecimento cientifico, formação de técnico e assistência para a comunidade para área como a da saúde por exemplo”, finalizou.
Uma segunda greve também foi marcada para o dia 14 de junho. Além do protesto contra o bloqueio de verbas, a causa também é contrária a Reforma da Previdência e contra a suspensão das bolsas de intercâmbio do programa ciência sem fronteiras, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.