A comissão especial da Câmara deverá aprovar hoje a convocação do ministro da Economia para falar da reforma da Previdência.
O objetivo é contar com a presença de Paulo Guedes no colegiado nesta quarta-feira.
Até agora, foram apresentados três pedidos de mudanças na proposta; uma deles se refere a aposentadoria rural.
Os outros tratam dos benefícios de professores e trabalhadores que exercem função de risco na área de saúde.
O relator da matéria na comissão, Samuel Moreira, ainda não leu as emendas, mas quer concluir o parecer até o começo de junho.
O objetivo dele será preservar ao máximo a meta original de economizar 1 trilhão e 200 bilhões de reais nos próximos dez anos.
Embora ainda não tenha maioria para aprovar a reforma da Previdência no plenário.
O líder do governo na Câmara, major Victor Hugo, afirma que na comissão especial os votos estão garantidos.
O Planalto quer garantir apoio às mudanças nas regras das aposentadorias e prepara um pacote de ajuda aos estados com dificuldades financeiras.
O governo acena com a divisão de recursos da União para aliviar alguns governos, que somam um rombo de cerca de 100 bilhões de reais nas contas da Previdência.
Há a previsão de empréstimos com garantia a unidades da federação em dificuldades financeiras.
Em contrapartida, os governadores terão de apresentar um plano de ajuste para acumular uma poupança positiva até 2022.
O Planalto também estuda repassar ao menos 20% dos 106 bilhões de reais previstos com o megaleilão do pré-sal.
E ainda dividir o dinheiro do Fundo Social, o que poderá aos estados e municípios render quase 1 trilhão de dólares nos próximos 25 anos.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressalta, porém, que o primeiro passo para começar a escapar do problema passa pela aprovação da reforma da Previdência.
Após um encontro com Paulo Guedes, Jair Bolsonaro deu o tom do discurso do governo para que a nova Previdência seja aprovada ainda no primeiro semestre.
A análise da reforma da Previdência será retomada hoje na comissão especial da Câmara, onde precisa ser aprovada antes de seguir para votação no plenário da Casa.