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Jair Bolsonaro não quer e não vai intervir na política de juros praticada pelo Banco do Brasil.
O posicionamento foi dado ontem pelo porta-voz do Planalto, Otávio Rêgo Barros, após questionamento sobre as declarações do presidente na Agrishow.
Na cerimônia de abertura da maior feira de tecnologia agrícola do país, o chefe do Executivo adotou um tom de brincadeira.
E pediu ao presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para reduzir os juros que são cobrados no crédito rural.
O porta-voz Otávio Rêgo Barros justificou, porém, que a fala do presidente só foi um comentário feito num ambiente muito amigável.
Mas a fala de Bolsonaro chegou a provocar uma queda momentânea das ações do Banco do Brasil, que fecharam a segunda-feira perto da estabilidade.
A queda dos juros cobrados no crédito rural é considerada imprescindível para poder fortalecer o setor.
A medida seria benéfica e ampliaria a produção, destaca o presidente da Agrishow, Francisco Matturro.
Em busca de investimento internacional, Bolsonaro disse que pretende viajar para a China atrás de novos negócios.
Durante o evento, o governo confirmou a Índia como novo importador de carne de frango brasileira.
E anunciou um aporte de 500 milhões de reais no Plano Safra para a compra de máquinas e equipamentos, totalizando um bilhão e meio.
O presidente afirmou que não quer atrapalhar quem produz e, informal, disse que está tirando o Estado do cangote dos produtores, que investem no país.
Para a defesa do produtor rural, Bolsonaro quer que a posse de arma de fogo passe a valer em todo o perímetro da propriedade.
O presidente também pensa em fazer mudanças no Ibama e no Instituto Chico Mendes de Conservação.
O objetivo, segundo ele, seria trocar pessoas que não estão ao lado de quem produz no país.
Cento e 50 mil visitantes deverão passar nesta semana pela Agrishow, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
A organização da feira espera superar em 10% a movimentação de negócios gerada no ano passado, que foi de quase 3 bilhões de reais.
