As fortes chuvas que caíram no interior do estado, neste fim de semana, causaram transtorno e prejuízos para moradores de várias cidades do agreste como Agrestina, Cachoeirinha, Lagoa dos Gatos e São Bento do Una. Nesta segunda-feira (25) a ordem da Prefeitura é contabilizar os prejuízos causados pelas chuvas.
Muitos moradores das áreas Ribeirinhas tiveram que deixar suas casas. O Açude Velho, que fica na divisa de São Bento do Una e Capoeiras, começou a sangrar, o que não ocorria há vários anos.
Altemar Pontes, secretário de Desenvolvimento Rural de São Bento do Una, e que está à frente da Defesa Civil, explica como foi a ação para tirar os moradores das áreas de risco. “Foram 46 casas invadidas pela água. Algumas famílias foram para casas de parentes e a prefeitura já tomou as devidas providências para as quatro famílias que ficaram desalojadas, já alugou as casas e está dando todo o suporte. Algumas pessoas que tiveram as casas invadidas já estão retornando para suas residências. Foi muita água, desde 2004 que a gente não via uma situação dessa”, explicou.
Uma moradora que perdeu tudo conta que em poucos minutos sua casa foi invadida pelas águas. “Chegou um rapaz e falou que era para eu correr de lá, porque vinha muita água. Disse que se eu ficasse aqui, morreria. Com dez minutos a água tomou conta da minha casa, perdi tudo”, disse a moradora.
Prefeita de São Bento do Una
A prefeita de São Bento do Una Débora Almeida tranquiliza a todos apesar do susto “Os nossos oitos anos de oração pedindo chuva foi muito forte. Foi muita água tanto na sexta-feira quanto no sábado. O Rio Uma teve uma cheia muito grande, mas graças a Deus está todo mundo bem. Apesar do susto estamos felizes. São oito anos de seca. Perdemos muitas lavouras, temos muitos animais que as pessoas se sacrificam para buscar água para o gado”, disse a prefeita sobre a chuva.
As chuvas também danificaram a mobilidade da cidade e a prefeita afirma que já estão trabalhando restabelecer a normalidade para a cidade. “Estamos agora em um momento de reconstrução. Agora o nosso trabalho é de reconstrução das estradas da Zona Rural que ficaram obstruídas, as pontes e limpezas das ruas. Nós não tivemos aulas hoje, justamente porque as estradas estão interrompidas. As fortes chuvas foram localizadas nas cabeceiras do Rio Una”, finalizou.