Deputado estadual usou as redes sociais para expressar indignação com partidos, políticos e artistas brasileiros que defendem o governo Maduro.
Em meio à tensão envolvendo a crise na Venezuela, o deputado estadual Romero Albuquerque (PP), presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Alepe, defendeu nas redes sociais a participação brasileira na questão venezuelana e criticou a postura de partidos, políticos, intelectuais e artistas brasileiros de centro-esquerda que defendem o governo de Nicolás Maduro.
O progressista relatou a trajetória pacífica das relações internacionais do Brasil, mas reiterou a necessidade urgente de o Governo Federal tomar uma posição a respeito do impasse político no país vizinho e tratou como inaceitável o fato de grupos políticos brasileiros não se incomodarem com a grave crise humanitária que assola a Venezuela.
“A nossa tradição diplomática mostra que o Brasil sempre foi um país pacífico e solidário. Mas isso não quer dizer que devemos nos omitir diante da situação grave que afeta a Venezuela. Enquanto 75% das crianças venezuelanas estão mal nutridas, com quase 15% delas a caminho da morte e 60 mil pessoas famintas fugindo desta ditadura, alguns políticos brasileiros ainda defendem este regime. É inaceitável. Não podemos tolerar a ditadura na Venezuela”, opinou o parlamentar.
Albuquerque acredita que a participação brasileira deve se dá por vias diplomáticas. “Defendo que o Brasil se posicione com veemência contra este governo e ajude a construir, pelas vias diplomáticas, uma saída democrática. A ideologia que sustenta o regime mascara, para os defensores que estão fora do país, que o governo Maduro é bom para povo, mas não é. E um país que valoriza a liberdade, como o Brasil, não pode tolerar uma ditadura”, sugeriu.
FUGA
O movimento de imigração aumentou desde que a crise política e econômica se intensificou na Venezuela, em 2015. A alta da inflação gerou uma profunda crise de abastecimento, com falta de alimentos, remédios e produtos básicos. “Maduro tem se revelado um ditador impiedoso e que negligencia o sofrimento do seu próprio povo”, alertou o deputado.