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Prestes a deixar governo, Bebianno desabafa sobre lealdade

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A expectativa é de que Bebianno deixe o cargo até segunda-feira (18) / Foto: José Cruz/Agência Brasil

”Uma pessoa leal, sempre será leal. Já o desleal, coitado, viverá sempre esperando o mundo desabar na sua cabeça”, diz trecho da mensagem
Estadão Conteúdo / Foto: José Cruz/Agência Brasil

Após desavenças com o presidente Jair Bolsonaro e a iminente saída do governo, o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, publicou um texto sobre “lealdade” nas redes sociais na madrugada deste sábado (16). “Quando perdemos por ser leal, mantemos viva a honra. Saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade”, diz um trecho

O texto, atribuído ao escritor brasileiro Edgard Abbehusen, também diz que “a lealdade é um gesto bonito das boas amizades” e “só consegue ser amigo, quem aprende a ser leal”.

Bebianno compartilhou o texto no Instagram. Na rede social, ele possui uma foto ao lado de Bolsonaro como imagem de perfil. O ministro é conhecido por ter sido um dos primeiros a atuar pela pré-candidatura de Bolsonaro à Presidência e foi seu braço-direito na campanha.

Candidaturas laranjas

No ano passado, assumiu interinamente a presidência do PSL para ajudar Bolsonaro. Agora, é acusado de ter participação no uso de candidaturas laranjas no PSL em Pernambuco. Ele nega.

Na sexta-feira (16), depois de dois dias na “geladeira”, o ministro foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro, mas sua permanência no cargo ainda é incerta e a expectativa é de que ele deixe o cargo até segunda-feira. A reunião foi descrita como “ríspida”. Bolsonaro acusa Bebianno de atuar por interesses próprios e contra o governo.

Na sexta, horas antes do encontro com o presidente, Bebianno se reuniu com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Santos Cruz (Secretaria de Governo), quando foi avisado de que seria mantido no cargo. Bolsonaro havia cedido às pressões de civis e militares de dentro e fora do governo.

A reviravolta ocorreu, segundo revelou a TV Record, quando o presidente tomou ciência de que Bebianno teria vazado áudios de duas conversas entre eles pelo WhatsApp com orientações de trabalho. O jornal O Estado de S. Paulo confirmou a versão com um auxiliar do ministro. Seria o troco no vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, por ele ter publicado no Twitter mensagem de voz com o presidente negando uma afirmação do ministro.

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