A situação da saúde em Pernambuco voltou a pautar discursos no Plenário da Assembleia Legislativa. Nessa segunda, a deputada Clarissa Tércio, do PSC, relatou as condições de atendimento no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Recife. A parlamentar visitou a unidade médica na semana passada, após o desabamento de parte do teto da enfermaria do quinto andar do hospital. Ela afirmou ter visto um “cenário de guerra”.
“Superlotação, o nosso povo pernambucano, os pacientes acomodados nos corredores, expostos ao sol, expostos à sujeira… Também pude constatar ali a falta de materiais básicos para o atendimento correto dos doentes, e isso não apenas no Hospital da Restauração, mas nos hospitais que eu tenho percorrido no nosso estado.”
Clarissa Tércio relatou ter sido impedida de filmar as instalações do hospital por um segurança. Ela pediu respeito à prerrogativa parlamentar de livre acesso às repartições públicas. O líder da Oposição na Alepe, Marco Aurélio Meu Amigo, do PRTB, e Priscila Krause, do Democratas, elogiaram a atuação fiscalizadora de Clarissa Tércio, e lamentaram as barreiras impostas aos deputados no acesso aos órgãos públicos.
Já Antônio Moraes, do PP, lembrou que as prefeituras precisam fazer a sua parte, evitando que pacientes do Interior superlotem as unidades de saúde da capital. João Paulo, do PC do B, defendeu que a cobrança por investimentos na saúde seja endereçada ao Governo Federal. O líder do Governo, Isaltino Nascimento, do PSB, destacou que o Hospital da Restauração, que completa 50 anos em 2019, é a maior unidade pública do Norte-Nordeste. O parlamentar afirmou que, no lugar de críticas, a instituição merece uma moção de aplausos da Casa.
“Nós tivemos, em 2018, de internações hospitalares, eletivas e de urgência, 35.300 unidades…internações. Nós tivemos, nos procedimentos ambulatoriais, 1,7 milhão de procedimentos ambulatoriais feitos na Restauração no ano passado, em 2018. Portanto, há de vir aqui se fazer nos 50 anos da Restauração, uma moção de aplausos, de elogio, ao trabalho desenvolvido por aqueles que trabalham no Hospital da Restauração”.