O PSB marcou para a próxima segunda-feira (21) o anúncio oficial da posição do partido sobre a futura mesa diretora da Câmara Federal. Numa reunião preliminar, 10 dias atrás, metade da bancada federal sinalizou que não gostaria de apoiar a reeleição do presidente Rodrigo Maia devido ao apoio que ele recebeu do partido de Bolsonaro (PSL), o que supostamente comprometeria sua independência como presidente daquele poder.
Apenar o deputado Átila Lira (PI) externou a intenção de votar no atual presidente. Depois dessa decisão, o PSB ficou de avaliar a construção de um bloco com o PP e o MDB para lançar um candidato alternativo. O PP pôs no tabuleiro o nome do deputado Arthur Lira (AL) e o MDB o nome do deputado Fábio Ramalho (MG). Como nenhum dos dois tem viabilidade eleitoral, o PSB voltou-se para o seu campo político e tentou construir um candidato com o PDT e o PCdoB. A articulação falhou de novo.
Esses dois partidos declararam apoio a Rodrigo Maia por entender que ele é o bom presidente, cumpridor de acordos e respeitador dos espaços da oposição. Logo, o apoio que recebeu do PSL não comprometeria em absoluto a sua independência política. É que esse quadro que a bancada socialista se depara hoje. Ou marcha também com Rodrigo Maia ou morrerá abraçada com o PT que sabe tanto que não tem chance que até agora não lançou candidato.