Banco elevou as provisões contra colotes também em 29% no período, apesar da queda na inadimplência
O Globo
SÃO PAULO – O Itaú Unibanco, maior banco privado brasileiro, informou nesta terça-feira que encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 5,73 bilhões, valor 29,7% maior que o registrado um ano antes. O lucro líquido recorrente (que exclui receitas e despesas extraordinárias) foi de R$ 5,8 bilhões, um aumento de 28,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido médio) ficou em 24,5%.
A desaceleração da economia, porém, levou o banco a reduzir sua previsão de aumento dos empréstimos em 2015, de 6% a 9% para 3% a 7%. Em contrapartida, a expectativa de alta da margem financeira gerencial passou de 10% a 14% para 14,5% a 17,5%.
Além disso, o banco elevou as despesas com provisões para perdas esperadas com calotes, que somaram R$ 5,515 bilhões no período, altas de 19,5% e de 29,7% nas bases sequencial e anual, nesta ordem. Segundo a instituição, o movimento deu “continuidade no reforço do provisionamento para grupos econômicos do segmento de grandes empresas”.
O banco também revisou para cima a previsão de incremento das despesas de provisões para perdas com inadimplência em 2015, já descontada a recuperação de créditos, da faixa de R$ 13 bilhões a R$ 15 bilhões para R$ 15 bilhões a R$ 18 bilhões.
A carteira de crédito total ajustada (inclui avais, fianças e títulos privados) apresentou elevação de 13,8% em 12 meses e alcançou R$ 578,6 bilhões ao final de março.
Seguindo estratégia de trimestres anteriores, de concentrar-se em linhas de menor risco, houve redução da carteira de veículos e crescimento dos produtos consignado e imobiliário, com aumentos de 81,0% e 19,6% em 12 meses, respectivamente, mantendo o banco na liderança desses segmentos entre os bancos privados.
O Itaú Unibanco registrou novamente baixos índices de inadimplência. A taxa medida por créditos vencidos há mais de 90 dias caiu 0,5 ponto percentual em 12 meses, passando de 3,5% para 3,0% ao final de março, e o índice de atrasos entre 15 e 90 dias apresentou melhora de 0,1 ponto percentual.
