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Substituta de Moro interroga Lula no caso do sítio em Atibaia; petista tem saída inédita da prisão

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Propina como reforma em sítio pode gerar nova condenação ao ex-presidente

  • Por Jovem Pan  / Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

Luiz Inácio Lula da Silva sairá pela primeira vez da sala especial onde está preso em Curitiba (PR) às 14 horas desta quarta-feira (14). O ex-presidente será novamente interrogado na ação penal que o liga à reforma de um sítio em Atibaia (SP).

Lula foi preso em 7 de abril e desde então cumpre pena de 12 anos e um mês na sede da Polícia Federal paranaense. Na Operação Lava Jato, um tríplex no Guarujá (SP) foi atribuído a ele, que acabou condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro.

A ação penal que apura nova corrupção e lavagem de dinheiro aponta que o petista teria sido beneficiado com pouco mais de R$ 1 milhão em propina – por meio de obras de reforma na propriedade de Atibaia – repassada pelas empresas Odebrecht e OAS.

Audiência será com substituta de Moro

Moro não participará da audiência desta quarta, que ficará a cargo de sua substituta na 13ª Vara Criminal Federal, Gabriela Hardt. Nesse caso do sítio, a juíza já colheu depoimentos de outros réus, os delatores Marcelo e Emílio Odebrecht, que incriminam o ex-presidente.

A terceira ação que envolve o petista, a que investiga o uso de propina na suposta compra de um apartamento e um terreno para seu instituto em São Bernardo do Campo, cidade da região metropolitana de São Paulo, também segue em apuração. Nesse caso, a defesa teve mais um pedido negado pela magistrada: o de um novo interrogatório por conta da mudança de juiz responsável. “Com o afastamento do juiz titular fica o juízo que o substituir responsável pelo julgamento deste processo, não havendo que se falar em afronta ao ordenamento jurídico”, decidiu Hardt.

Partido dos Trabalhadores se mobiliza

Mesmo depois de desmontarem o acampamento próximo à sede da Polícia Federal, os militantes do PT devem tentar acompanhar o depoimento. Lideranças partidárias que mantêm o discurso de que Lula é “preso político” também estarão em Curitiba, entre elas a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e o líder da sigla na Câmara, deputado Paulo Pimenta. A presença do ex-candidato à Presidência Fernando Haddad não foi confirmada.

Os apoiadores do ex-presidente têm fortalecido as críticas a Moro, à Lava Jato e à Justiça após a condenação em segunda instância proferida por unanimidade pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em janeiro, e o indeferimento da candidatura presidencial de Lula.

Em nota, o Partido dos Trabalhadores indicou que filiados e movimentos sociais se mobilizarão para o que chamam de “mais esse episódio de perseguição contra o ex-presidente” que teve “condenação sem provas e com motivação política”.

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