O Governo do Estado de Pernambuco prepara um pacote econômico para cumprir promessas da campanha de reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). O secretário da Fazenda garante que o aumento não vai atingir a maior parte da população e que existirá um “realocamento”. Escute a entrevista dada ao programa “Passando a Limpo” na íntegra no áudio abaixo.
Impostos
De acordo com o secretário da Fazenda, Bernardo d’Almeida, o governo quer lançar a partir de 6 de março de 2019 a Nota Fiscal Solidária, que seria um instrumento de garantir cidadania e fiscalizar a sonegação de impostos. O pacote, que totaliza 22 projetos, já está sob análise na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
O secretário garante que os produtos que serão atingidos pela alta de impostos são canudos, copos plásticos, jóias, pérolas, além de carros acima de 50 mil reais. Bernardo d’Almeida diz que a população não sentirá no bolso e que o estado de Pernambuco vai continuar pagando a folha dos servidores e o décimo terceiro salário em dia.
Críticas
Para o economista José Fernandes de Menezes, também entrevistado pelo “Passando a Limpo”, as medidas anunciadas não seriam apropriadas para o momento. “Em época de recessão, aumentar imposto é ir na contramão. É preciso controlar gastos desnecessários, cargos comissionados. Tem que equilibrar as contas”, afirma. “Realocar impostos não é sustentável”, acrescentou.