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Atividades legais de extração de madeira estão interrompidas no Sertão do Araripe

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É o caso do empreendimento de Genário Aquino, empresário de Exu que fornece lenha para as fábricas de gesso na Região.  Gestores, técnicos da área ambiental e empresários apontaram problemas no Sinaflor

Alepe / Foto: Jarbas Araujo

No Brasil, obras que precisam suprimir vegetação em áreas de proteção ambiental precisam ser cadastradas no Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor). A ferramenta, criada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi tema de audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente na manhã desta terça (7). O debate foi convocado a partir de demanda de gestores, técnicos da área ambiental e empresários, que apontaram problemas na plataforma e sugeriram a adequação dela à realidade dos diferentes Estados, especialmente os do Nordeste.

Atividades legais de extração de madeira estão interrompidas. É o caso do empreendimento de Genário Aquino, empresário de Exu que fornece lenha para as fábricas de gesso do Sertão do Araripe. “Fiz todos os cadastros necessários, corri para fazer tudo certinho, pois quanto mais fiscalização para mim é melhor. Mas, quando chega o momento de emitir o documento para liberar os caminhões com a madeira, o sistema não permite, e está tudo parado agora”, relatou. “Como as fábricas não vão parar por falta de lenha, o resultado é que esse fornecimento acaba migrando para a ilegalidade”, completou.

Problemas como esse motivaram o deputado estadual Antônio Moraes (PP) a solicitar a audiência pública. “O mais complicado é que os municípios também deveriam entrar no Sinaflor, porém as prefeituras sequer sabem o que é o sistema. Se a CPRH, com toda a capacidade técnica que tem, não consegue lidar com a ferramenta, como pequenas cidades do Interior vão conseguir?”, questionou o parlamentar.

Uma nova reunião sobre o tema foi marcada para o próximo dia 13 (terça) e deverá contar com a presença do superintendente do Ibama em Pernambuco, Francisco Campello, que não pôde comparecer nesta manhã. “Vamos ver se conseguimos fazer um ajuste que possa resolver esse problema”, declarou o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Zé Maurício (PP).

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