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Delegacia de combate à corrupção deve ser extinta até o fim de 2018, diz governo de PE

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Com a aprovação do projeto que cria o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em segunda votação nesta quarta-feira (31), o governo do estado pretende extinguir a Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) até o fim de 2018. A informação foi divulgada pelo secretário executivo de Defesa Social, Humberto Freire.

Depois de aprovada, a lei, que obteve 30 votos a favor e seis contra, segue para redação final e sanção do governador. Segundo Humberto Freire, após o fim desse processo, o Draco deve começar a atuar efetivamente em janeiro de 2019.

O projeto já havia passado por uma primeira votação na terça-feira (30), mesmo dia em que as investigações de denúncias de desvio de verba para merenda escolar envolvendo a empresa Casa de Farinha passaram a ser comandadas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), devido ao risco de extinção da delegacia.

A proposição, assinada pelo governador Paulo Câmara (PSB), foi enviada à Alepe, em caráter de urgência, em 19 de outubro, mesmo dia em que o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB) e outras 22 pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF) em um esquema de fraudes no instituto de previdência dos servidores desse município do Grande Recife.

A Decasp foi responsável, em quatro anos, por 15 operações que resultaram em 49 presos, entre políticos e empresários envolvidos em esquemas de corrupção, que, juntos, superam R$ 150 milhões.

Sobre a continuidade das investigações em curso, o secretário executivo de Defesa Social informou que os inquéritos serão redistribuídos para novas delegacias que têm criação prevista no projeto do governador.

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