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Vera Magalhães: Moro no Ministério é perda para Lava Jato, mas ganho para Bolsonaro

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Mas será que largar essa carreira conquistada por concurso e atrelar-se a um cargo de comissionamento é válido?

  • Por Jovem Pan / EFE/David Fernandez

Sérgio Moro saiu do Sul do Brasil e já está no Rio de Janeiro para discutir o convite do presidente eleito para que ele assuma um Ministério. Em conversas com pessoas próximas aos dois nomes, ambos estão muito confiantes.

O próprio juiz mostra que está disposto a aceitar o convite. Em suas últimas manifestações ele já mostrou sua propensão. As fontes ligadas a Moro acham que a Lava Jato não precisa mais dele e que não é sua presença que garante a sequência da operação.

Moro é juiz de primeira instância, tem toda uma carreira na magistratura. Que ele tenha obra inigualável tão jovem é sinal de seu vigor. Mas será que largar essa carreira conquistada por concurso e atrelar-se a um cargo de comissionamento é válido? Me parece que Moro está dando passos erráticos e resolutos para algo que pode comprometer um legado ainda maior que ele deixaria o Brasil.

Ainda que ele não aceite o convite, ele voltaria à Lava Jato nesta condição, tendo feito todos esses acenos, tomaria depoimentos de Lula e Eduardo Cunha? Parece que ele joga água no moinho petista de que Lula é condenado político, apesar de sabermos que isso não é verdade.

Quem perde com a eventual ida de Moro ao Ministério da Justiça é o próprio magistrado e a Lava Jato, mas quem ganha é Jair Bolsonaro. Para Moro, essa junção de funções seria uma forma de agregar no combate à corrupção.

Ele perde porque deixa de ter um cargo que lhe foi dado por concurso e passa a ser subordinado a alguém.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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