No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou na porta da igreja do Castelo as 95 teses que criticavam certas práticas. Atualmente, luteranos de todo mundo comemoram neste dia o “Dia da Reforma Protestante”. Em 2017, a Reforma Protestante fez 500 anos.
Origem da Reforma Protestante
O processo de centralização monárquica que dominava a Europa desde o final da Idade Média, tornou tensa a relação entre reis e Igreja. Até este momento, a Igreja Católica centralizava o domínio espiritual sobre a população e do poder político-administrativo dos reinos.
A Igreja – possuidora de grandes extensões de terra – recebia tributos feudais controlados em Roma pelo Papa. Com o fortalecimento do Estado Nacional Absolutista, essa prática passou a ser questionada pelos monarcas que desejavam reter estes impostos no reino.
Os camponeses também estavam descontentes com a Igreja. Na Alemanha, os mosteiros e bispados possuíam imensas propriedades. Muitas vezes, os bispos e os abades viviam às custas dos trabalhadores da cidade e dos campos.
A Igreja condenava as práticas capitalistas nascentes, entre elas a “usura” – a cobrança de juros por empréstimos – considerada pecado. Defendia a comercialização sem direito a lucro e o “justo preço”. Isto reduzia o poder de investimento da burguesia mercantil e manufatureira.