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Bolsonaro sacrifica Bivar em nome da governabilidade

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O presidenciável Jair Bolsonaro disse em entrevista à Rádio Folha que não gostaria de que o pernambucano Luciano Bivar fosse candidato à presidência da Câmara na eleição que se realizará em fevereiro próximo.

Bivar é filiado ao mesmo partido dele (PSL) e isso poderia estreitar sua eventual base de sustentação política naquela Casa. Sendo assim, entende que o substituto de Rodrigo Maia não deve pertencer ao mesmo partido do presidente da República.

Foi a primeira decisão correta do candidato líder nas pesquisas, cujo partido elegeu apenas 52 deputados federais – 10% do total de cadeiras da Câmara, perdendo apenas para o PT que elegeu 56.

O PSL, sendo o maior partido da coalizão bolsonarista, poderia muito bem reivindicar a presidência e Bivar tinha a primazia por ser o mais antigo no partido e já ter sido o seu presidente nacional.

Além disso, foi o responsável pela entrada de Bolsonaro nos quadros da legenda. Porém, Bolsonaro é deputado e sabe que o presidente da República precisa do apoio de pelo menos 308 deputados para aprovar reformas constitucionais, e abrindo mão da presidência da Câmara pode construir com mais facilidade essa maioria.

Bivar tem o apoio dele para fazer parte da mesa diretora, mas o sonho de presidir a Casa está adiado em nome da governabilidade.

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