Temer discursa nesta terça-feira (25) na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos.
- Por Jovem Pan
O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (25) que seu governo “devolveu o Brasil ao trilho do desenvolvimento” e restaurou a credibilidade da economia. “Hoje, podemos olhar para trás e verificar o quanto fizemos em pouco tempo de governo. Dissemos não ao populismo e vencemos a maioria recessão da história”, afirmou ele, durante discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos.
Temer lembrou aos participantes da Assembleia que daqui a duas semanas os brasileiros escolherão o novo presidente do país. “Assim determina a Constituição, assim tem sido nos últimos 30 anos e assim deve ser sempre”, disse ele, que foi o primeiro chefe de Estado a discursar, como determina a tradição. Segundo Temer, a alterância de poder é a alma da democracia “e a nossa é uma democracia vibrante, lastreada em instituções sólidas”. O atual presidente afirmou que vai transmitir suas funções ao sucessor “com a tranquilidade de dever cumprido”.
Temer disse ainda, em seu discurso, que o isolacionismo, a intolerância e o unilateralismo são desafios para o mundo. “Esses desafios não devem nem podem nos intimidar”, disse. De acordo com o presidente, o Brasil responde ao isolacionismo com “mais abertura, integração”; à intolerância, com “diálogo e solidariedade”; e, ao unilateralismo, o país tem buscado o “multilateralismo”.
A respeito da crise migratória, Temer afirmou que é “obrigação” dos países proteger os imigrantes. Ele mencionou que mais de 1 milhão de venezuelanos já chegaram ao Brasil. “Temos recebido todos que chegam ao nosso território, a quem procuramos dar toda assistência. Emitimos documentos que os habilitam a trabalhar no país, oferecemos escolas, vacinação e serviços de saúde para todos”, disse ele. Mas o presidente advertiu que a “solução da crise virá quando a Venezuela reencontrar o caminho do desenvolvimento”.
Ele também reiterou o apoio à criação de dois estados para Israel e Palestina, para que eles possam viver “lado a lado em paz e segurança”. “Respaldamos esforços para contermos o conflito na Síria que se estende a tempo demais”, disse Temer em relação à guerra no país que já dura sete anos. “Temos buscado contribuir para mitigar tanto sofrimento”, afirmou ele, mencionando que o Brasil doou, em 2017, uma tonelada de medicamentos e vacinas para crianças afetadas pelo conflito. “Temos acolhido número expressivo de refugiados da Síria”, completou.
O brasileiro citou ainda as negociações entre Estados Unidos e Coreia do Norte. “Reiteramos nosso apoio a soluções diplomáticas que promovam a desnuclearização”, disse.