A Polícia Civil indiciou a vereadora Marília Arraes (PT) pelo crime de peculato nessa quinta-feira, 20, por ela supostamente ter contratado quatro “funcionários fantasmas” para seu gabinete na casa legislativa do Recife. O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na semana passada, mas, somente ontem a delegada titular da Delegacia de Crimes contra a Administração, Patrícia Domingos, anunciou o resultado da investigação em entrevista coletiva.
Candidata a deputada federal, Marília divulgou uma nota nesta sexta-feira, 21, defendendo-se da acusação. “Há cerca de três anos, após tomar conhecimento de uma denúncia anônima totalmente absurda, que versava sobre este tema, eu mesma tomei a iniciativa de procurar o Ministério Público de Pernambuco para solicitar que os fatos fossem investigados”, destaca.
“Estranhamente agora, a duas semanas das eleições, na qual eu sou candidata, a delegada responsável pelas investigações anuncia, em entrevista coletiva, sem que houvesse sequer uma comunicação oficial sobre a conclusão do inquérito, o indiciamento”, escreveu, colocando-se à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.
A petista conclui dizendo que o inquérito tem propósito de tumultuar o processo eleitoral. “Não temos como deixar de repudiar atitudes que claramente tem o propósito de tumultuar o processo eleitoral democrático em nome de interesses não republicanos”, arrematou.