Mais de 300 mil pés de maconha foram destruídos durante uma ação da Polícia Federal (PF) realizada no Sertão do Estado, entre os dias 6 e 14 deste mês. Os plantios foram localizados em ilhotas do Rio São Francisco e na Região de Orocó, Cabrobó, Belém do São Francisco e Santa Maria da Boa Vista, assim como em áreas de caatinga em Salgueiro, Carnaubeira da Penha, Serra Talhada, Betânia, Parnamirim, Ibó e Floresta.
A Operação Macambira III foi coordenada pela Delegacia de Salgueiro, com apoio operacional da Secretaria de Defesa Social do Distrito Federal e de Pernambuco, junto à Coordenação-Geral de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (CGPRE), órgão central da Polícia Federal em Brasília/DF, com o objetivo de reduzir a produção e oferta de maconha na região.
“A ação aconteceu no chamado ‘polígono da maconha’, que é monitorada constantemente para erradicar os plantios feitos por agricultores que comumente são aliciados por traficantes. Pela abundância de água na Região, esses plantios são feitos em ilhotas do Rio São Francisco ou até mesmo utilizando a transposição do rio para irrigar os terrenos próximos à localidade“, contou Giovani Santoro, assessor de comunicação da PF.
Com incursões terrestres, aéreas e fluviais e apoio de aeronaves, além botes infláveis e ambulância do Corpo de Bombeiros, a Operação também conseguiu erradicar 93 mil mudas da planta e apreender 1.200 kg da erva pronta para o consumo. De acordo com a PF, caso os 330 mil pés tivessem siso colhidos e prensados, seria suficiente para produção de 110 toneladas de maconha.
“O ciclo produtivo da maconha é de três em três meses e o momento oportuno das ações é quando está perto da colheita, para quebrar o ciclo produtivo e a consequente comercialização do produto“, completou Santoro.
Depoimentos
Durante a operação ninguém foi preso mas, de acordo com informações da PF, caso sejam identificados os donos dos terrenos em que o plantio estava sendo cultivado, os mesmos serão intimados para prestar depoimento à PF e posteriormente indiciados por tráfico. (Fonte: Folha de PE)