Paulo Câmara em entrevista à Rádio jornal. Foto: Heudes Régis/JC Imagem.
Os primeiros meses da gestão de Paulo Câmara (PSB) em Pernambuco não têm sido fáceis. Com economia fragilizada e corte nos repasses da União, resultante do enxugamento nos gastos públicos, o governador vem enfrentando crises severas nesses primeiros 100 dias de governo. Aperto no sistema penitenciário, conflitos com professores e embates com setores das polícias e com o mau desempenho do Pacto pela Vida, o gestor busca reinventar o próprio modelo governo. Em entrevista à Rádio Jornal, nesta quarta-feira (8), Paulo Câmara descartou aumento nos tributos e fez críticas indiretas aos movimentos de paralisação.
“Estamos enfrentando um momento de ajustes, de contenção. Um momento em que as dificuldades estão muito claras para todo o Brasil. Pernambuco tem feito o seu dever de casa e pagado as contas”, explicou o governador.
De forma indireta, Paulo Câmara criticou as paralisações no funcionalismo público. “Nós temos a capacidade de diálogo, esse é o momento do trabalho, porque vai ser muito mais fácil com resultado, do que conseguir as coisas apenas com operação-padrão. Isso não ajuda. Isso não vai melhorar salário. Isso não vai melhorar condições estruturais. o que vai melhorar é mostrar os dados mostrar o que a gente vai fazer e pactuar”, acrescentou Paulo Câmara, em referência ao questionamento sobre a operação-padrão realizada pela Polícia Civil.
Paulo explica que o Estado está, neste momento, acima do limite prudencial, mas ponderou que em maio será publicado o resultado do quadrimestre e que o cenário pode mudar. “O que fica muito claro é que sempre que houve aumento fiscal nós demos aumento salarial”, pontuou.
Quanto a um aumento nos tributos, o governador descartou a possibilidade. “Temos como filosofia não aumentar. Neste momento, aumentar tributo não aumenta receita. Só vai piorar a situação econômica das pessoas e das empresas. A ideia é continuar estudando os segmentos. O que precisamos fazer é controle das contas”, disse o governador.