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Áudios sobre protestos de caminhoneiros são falsos

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Áudios sobre início de protestos de caminhoneiros neste domingo são falsos. Mensagens sobre paralisação circulam pelo WhatsApp

Folha de S. Paulo – Por Heloísa Negrão e Taís Hirata / Foto: do site Brasil247

Os áudios e imagens que circulam no WhatsApp alertando sobre suposta paralisação dos caminhoneiros na madrugada desta segunda-feira (2) são falsos.

Os responsáveis pelas mensagens não se identificam. Apenas dizem que irá começar uma nova manifestação dos caminhoneiros, à meia-noite de domingo contra o governo Temer e alertam para que as pessoas encham o tanque e corram aos supermercados.

Folha ouviu lideranças dos grupos de caminhoneiros que fizeram parte dos atos de maio, como Wallace Landim (Chorão) e Salvador Edimilson Carneiro (Dodô), e eles afirmaram que não existe nenhuma mobilização programada para essa madrugada.

Carneiro e Landim disseram que os caminhoneiros estão se organizando para um ato no dia 12 de setembro, na sede da ANTT, em Brasília.

“Acho que [parar agora] é um tiro no pé. Tem gente infiltrada tentando usar a categoria como massa de manobra”, afirma Landim.

A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) disse que materiais antigos, dos protestos de maio, voltaram a circular nesse fim de semana como se fossem atuais.

Nas redes sociais, postos de gasolina de Belo Horizonte avisaram sobre a possibilidade de novas manifestações.

Neste domingo, segundo reportagem do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, filas se formaram em postos de gasolinas.

Os consumidores temem que os postos fiquem sem combustível como aconteceu em maio, quando os caminhões-tanque foram impedidos de circular pelos manifestantes.

O representante da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) de Minas Gerais afirmou que não existe nenhum protesto marcado para essa madrugada.

Um falso comunicado da Polícia Rodovia Federal também circulou pelos grupos de WhatsApp. A nota de três páginas tem o timbre da PRF no início, mas não traz assinatura nem indicação de que área da PRF a teria produzido.

Ao UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha,  a PRF disse não reconhecer o documento. A assessoria de imprensa disse que a instituição vem acompanhando o assunto, cooperando com outros setores, como Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e PF (Polícia Federal), além do próprio governo federal, mas que não há nenhuma posição oficial a respeito de uma possível nova paralisação.

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