Rádio Jornal / Foto: reprodução
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que o seu partido ‘nunca apoiou o Governo Temer’ e que o presidente do MDB ‘não olhou para o Nordeste’ em seu tempo no Planalto. Câmara rebateu as afirmações de Michel Temer, em entrevista à Rádio Jornal, onde considera o socialista um aliado do seu governo.
“Vamos separar cordialidade do apoio, apoio é diferente disso. O presidente Temer nunca teve apoio do nosso governo, não aceitamos cargos do Governo dele. Fernando Filho aceitou o cargo e depois saiu do PSB. Ele não ajudou Pernambuco, a negociação da dívida era pra ajudar os estados mais endividados, ajudando muito São Paulo e Rio de Janeiro, e dar créditos aos outros. Pernambuco não teve acesso a crédito, foi uma acordo feito pela metade. Não apoiamos o governo de Temer, fomos contra a reforma trabalhista, da previdência, venda da Eletrobrás”, comentou Paulo Câmara em entrevista à Rádio Jornal nesta quarta-feira (29).
Câmara ainda citou promessas não cumpridas pelo Governo Temer. “A autonomia de Suape ele não fez por que fomos contra. Em 2018 não veio um real da primeira etapa da adutora do Agreste. A segunda etapa não tem nem prazo para começar. Tivemos que fazer obras com recursos do Governo do Estado e a questão da água. Então, é muito necessário separar essas questões. Todas as vezes que Temer veio a PE, se prontificou a ajudar o estado, mas não tivemos recursos. Disse que ia garantir o incentivo à Jeep e não cumpriu. É um presidente que não olhou o Nordeste e não teve compromisso”, finalizou.
Depois da eleição ele pacifica, diz Michel Temer sobre relação com Paulo Câmara
Em entrevista à Rádio Jornal, o presidente da República Michel Temer (MDB) afirmou que teve na figura do governador Paulo Câmara (PSB) um apoio importante, tanto no decorre do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) quanto durante o seu governo. Para Temer, a postura reativa do socialista em relação ao seu governo tem uso eleitoral. “Você sabe que eu já tenho estrada política e concepções suficientes para compreender o governador. Ele tá no período eleitoral e precisa procurar quem bater”, diz. “Ele me apoiou durante todo o período, desde o afastamento da ex-presidente Dilma. Depois da eleição ele pacífica, tenha certeza disso”, completou.
