Por Carlos Brickmann
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, propõe o corte da publicidade oficial nos veículos que, a seu ver, apoiaram a manifestação contra Dilma. Quer uma nova política de anúncios para a “grande mídia”. Acusou até a Rede Record, do bispo Edir Macedo – que apoia Dilma e indicou Marcelo Crivella para o Ministério – de ajudar a convocar a manifestação. Acha que o povo foi para a rua, como se fosse manada, porque a imprensa o chamou.
Um provérbio judaico sintetiza: “Gente inteligente, mesmo quando se cala, diz mais que o tolo quando fala”.
Este colunista acha que Falcão não tem de alisar ninguém: deve radicalizar sua posição e propor de uma vez o fim da publicidade oficial. Não tem sentido torrar dinheiro público para dizer que o Governo é bom. Se for bom, o eleitor percebe sozinho. Publicidade oficial, só do tipo institucional: vacinações, editais de concorrência, balanços. E que a verba seja distribuída de acordo com os critérios clássicos de GRP – medida de público alcançado.
Talvez isso atinja alguns veículos favoritos de Falcão, mas não dá para fazer omelete sem etc., etc., etc.