Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais, foi condenado por peculato e lavagem de dinheiro
Estadão Conteúdo / Agência Brasil
O ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) teve sua prisão decretada nesta terça-feira (22) pelo Tribunal de Justiça de Minas (TJ-MG).
Os cinco desembargadores da 5ª Câmara do TJ-MG rejeitaram o último recurso do tucano. Quatro deles votaram pela expedição imediata do mandado de prisão.
Azeredo foi condenado a 20 anos e um mês de prisão por participação no mensalão mineiro.
O ex-governador completa 70 anos em setembro. Nessa idade está prevista a prescrição da pena, que leva em consideração datas como a da apresentação da denúncia.
Segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Azeredo foi um dos principais articuladores do esquema, que, ainda conforme a promotoria, funcionava retirando recursos de estatais como o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), e os repassava para a campanha pela reeleição de Azeredo, em 1998.
Na disputa, o tucano foi derrotado por Itamar Franco. O esquema, segundo o MP, utilizava agências de publicidade de Marcos Valério para a movimentação dos recursos.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo antes do julgamento, Azeredo disse se sentir injustiçado. “Nunca cometi nenhum crime. A população de Minas Gerais conhece minha vida a fundo. Sou absolutamente inocente”.
Azeredo disse ainda que “inúmeros depoimentos que me inocentaram não foram reconhecidos (no processo). Houve extrapolação da acusação. Irei recorrer à instâncias superiores”. Rejeitaram o recurso, chamado embargos declaratórios, até o momento, os desembargadores Júlio César Lorens, Alexandre Victor de Carvalho e Pedro Vergara.