PF apreendeu dinheiro durante busca realizada em Recife, pela Operação Efeito Dominó
Por Jovem Pan Foto: divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (15) a Operação Dominó para combater o tráfico internacional de drogas e a lavagem de dinheiro. São realizados 26 mandados judiciais: cinco de prisão preventiva, três de prisão temporária e 18 de busca e apreensão em sete Estados (veja as cidades mais abaixo).
A PF diz que encontrou uma “complexa e organizada estrutura” de tráfico e lavagem.
De um lado, haveria a necessidade de disponibilidade de grande volume de reais em espécie para o pagamento de propinas, segundo a PF. Do outro, traficantes internacionais como tinham disponibilidade de recursos em moeda nacional e necessitavam de dólares para fazer as transações internacionais com fornecedores de cocaína.
Ao menos oito pessoas foram presas, entre elas o doleiro da Lava Jato Carlos Alexandre, conhecido como Ceará, que já havia feito acordo de delação premiada, o qual pode ser revisto agora.
Ceará já delatou a entrega de dinheiro o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Todos negam. A colaboração foi homologada pela Justiça em 2015.
Ceará atuava junto a Alberto Youssef, um dos principais pivôs da Lava Jato.
Outro operador financeiro, alvo de prisão preventiva, que atuaria no esquema investigado é Edmundo Gurgel Junior, que já foi investigado pela PF no caso Banestado e na Operação Farol da Colina.
Já o doleiro José Maria Gomes foi preso temporariamente no Rio de Janeiro. Todos serão levados para a Superintendência da PF em Curitiba (PR).
A ação é um desdobramento da Operação Spectrum, deflagrada em 2017, quando Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, um dos maiores traficantes da américa, segundo a PF, foi preso em Sorriso (MT).