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Situação do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) é debatida em audiência pública na Alepe

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levantamento recente feito pelo  Sintape, apontou que os investimentos na instituição vêm diminuindo cerca de 30% a cada ano

Assessoria de Comunicação / Foto: divulgação

O sucateamento do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA e as más condições de trabalho impostas aos servidores foram tema de debate na manhã desta segunda–feira (14), em uma audiência pública, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, proposta pela deputada estadual Socorro Pimentel (PTB). A queda nos investimentos e a falta de assistência ao homem do campo também foram discutidas no encontro.

Um levantamento recente, feito pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco (Sintape), apontou que os investimentos na instituição vêm diminuindo cerca de 30% a cada ano, impactando na pesquisa, extensão rural e infraestrutura dos recursos hídricos, o que tem afetado diretamente a agricultura familiar no Estado.

De acordo com o presidente do Sintape, Adailton Melo, a falta de investimento também tem refletido na questão salarial dos servidores que estão sem reposição há quatro anos, tendo, em média, 10% dos empregados ganhando um salário-base abaixo do salário mínimo.

“Nós iremos lutar para que a entidade volte a ser um centro valorizado e com profissionais respeitados pelo excelente serviço que prestam à população e ao setor agrícola e pecuário de Pernambuco. A omissão do Governador do Estado pode ser observada nas mais de 180 unidades do IPA pelo interior”, afirmou.

Outra denúncia feita pelo sindicato se refere às condições das Estações Experimentais, Gerências Regionais e Escritórios Locais. Entre as irregularidades apontadas estão imóveis com aluguéis, contas de água e luz em atraso; ambientes tomados por infiltrações e sem ventilação; banheiros impróprios para uso; além de infestações de pragas como ratos e baratas, entre outras precariedades.

“O que os servidores do IPA estão vivendo é um verdadeiro assédio moral. São diariamente cobrados pela execução de um trabalho sem que seja oferecida a menor estrutura”, acrescentou Carlos Veras, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE).

Após lamentar o não comparecimento de um representante do Governo na audiência, a deputada Socorro Pimentel informou que irá registrar formalmente o protesto dos parlamentares pela constante ausência do Poder Executivo nas reuniões propostas pela Casa.  “Nosso ato foi provocado pela falta de atenção e de respeito com que esses servidores vêm sendo tratados pelo Governo do Estado. Eles, mais uma vez, não compareceram ao encontro. Nos colocamos à disposição para discutir  e buscar juntos soluções para o problema. Mas, infelizmente, parece que esse tema não é importante para o Executivo”, afirmou a parlamentar.

Pimentel comunicou ainda que um documento será elaborado com os encaminhamentos da reunião incorporando as reivindicações do Sintape. Também estiveram presentes na audiência agricultores, pescadores, representantes do Movimento Sem Terra de Pernambuco (MST- PE), representantes da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Pernambuco (Fetape), além de outros movimentos sociais.

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