Minha Casa Melhor, foi criado em 2013 para oferecer taxas de juros mais vantajosas para compra de móveis e eletrodomésticos.
Felipe Cotrim/VEJA.com
A presidente Dilma Rousseff atribuiu a suspensão do programa Minha Casa Melhor ao alto índice de calote. O governo suspendeu nesta sexta-feira o programa, criado em 2013 para oferecer taxas de juros mais vantajosas para compra de móveis e eletrodomésticos. A presidente não comentou, mas o programa foi interrompido diante do cenário de restrição fiscal e necessidade de reequilíbrio das contas públicas. “O Minha Casa Melhor nós estamos revendo. Porque, ao contrário do Minha Casa Minha Vida, que tem baixíssima inadimplência, o Minha Casa Melhor começou com inadimplência. Estamos avaliando incluí-lo no Minha Casa Minha Vida”, disse a presidente.
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Para operar o programa, a Caixa Econômica Federal recebeu do governo uma capitalização de 8 bilhões de reais em junho de 2013. Do total, 3 bilhões de reais foram direcionados para financiamentos do programa. Segundo a Agência Estado apurou, esses 3 bilhões de reais foram desembolsados até o final do ano passado, 18 meses após o lançamento do programa. Os outros 5 bilhões de reais foram para outra operação. Ou seja, não há mais recursos para bancar o custo financeiro e os juros mais baixos.
Em Araguari, no Triângulo Mineiro, a presidente entregou 710 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, a famílias que ganham até 1,6 mil reais por mês. Cada casa tem área privativa de 44 metros quadrados e está avaliada em 60 mil reais.
Durante o discurso, a presidente se comprometeu a dar continuidade ao programa habitacional, mas ponderou que, neste momento, o governo está fazendo ajustes e avaliando as condições para o lançamento efetivo da terceira etapa do programa. Entre os desafios, está a construção de empreendimentos em cidades grandes, onde os terrenos têm um custo maior.