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Após condenação na Lava Jato, irmão de José Dirceu é preso em Ribeirão Preto, SP

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Luiz Eduardo de Oliveira e Silva foi condenado a 10 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. PF diz que preso será levado ao IML e depois ao Centro de Detenção Provisória.

G1 / Foto; reprodução

O irmão do ex-ministro José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, foi preso na manhã desta sexta-feira (9), em Ribeirão Preto (SP), por condenação na Operação Lava Jato.

Em maio de 2016, Luiz Eduardo foi condenado a oito anos e nove meses de prisão em regime inicial fechado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. A pena foi aumentada para 10 anos, seis meses e 23 dias pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em setembro de 2017.

A advogada Paula Moreira Indalecio, que representa Luiz Eduardo, disse que pedirá à Justiça que o cliente não seja transferido para Curitiba (PR), mas permaneça preso em Ribeirão, onde a família mora.

Ainda segundo a PF, o mandado de prisão foi cumprido por volta de 6h, na casa onde Luiz Eduardo mora, no bairro Ribeirânia. Ele foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e, em seguida, será transferido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão.

Condenação

No mesmo processo em que Luiz Eduardo foi condenado, José Dirceu, foi sentenciado a 23 anos e três meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A denúncia envolve atos ilícitos praticados na diretoria de Serviços da estatal, abarcando 129 atos de corrupção ativa e 31 atos de corrupção passiva, entre 2004 e 2011.

O valor de corrupção envolvido nestes atos foi estimado pelo Ministério Público Federal (MPF) em R$ 60 milhões, e cerca de R$ 65 milhões foram lavados.

Também foram identificadas, de acordo com o MPF, ilegalidades relacionada à empreiteira Engevix. A empresa, segundo as investigações, pagava propina através de projetos junto à diretoria de Serviços da Petrobras.

Conforme o MPF, o pagamento da propina era feito através de contratos ideologicamente falsos firmados entre a Engevix e a Jamp, empresa de Milton Pacowitch – lobista e um dos delatores da Lava Jato.

O dinheiro era repassado para Pedro Barusco, Renato Duque, e para o núcleo político que incluía José Dirceu. Para o MPF, o ex-ministro enriqueceu dessa forma.

A Engevix também celebrou contratos simulados com a JD Consultoria, empresa de José Dirceu, realizando repasses de mais de R$ 1 milhão por serviços não prestados.

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