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Ministro Mercadante está sendo isolado do governo Dilma

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Dirigentes e parlamentares mais próximos do ex-presidente Lula já abriram artilharia contra o chefe da Casa Civil.

Do blog de Gerson Camarotti

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, enfrenta uma situação de grande desconforto dentro do governo.

Colegas de ministério já admitem que ele está isolado até mesmo entre os integrantes do núcleo de articulação política. Mercadante já não conta com a simpatia e solidariedade nem mesmo de ministros que antes eram próximos dele.

No PT, a insatisfação com Mercadante é ainda maior. Dirigentes e parlamentares mais próximos do ex-presidente Lula já abriram artilharia contra o chefe da Casa Civil. É um sinal de que o próprio Lula já não esconde o incômodo com a atuação do ministro.

Entre os lulistas, a avaliação é que Mercadante iniciou de forma precoce o movimento para a sucessão da presidente Dilma Rousseff, em 2018. E que, para isso, tem atropelado outros eventuais candidatos – caso o próprio Lula não entre na disputa.

Na base aliada no Congresso, o ambiente em relação ao ministro mais poderoso do governo é ainda pior. Deputados e senadores governistas costumam criticar a postura “arrogante” do chefe da Casa Civil. A interlocução dele com os parlamentares foi esvaziada com as eleições de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o comando da Câmara e de Renan Calheiros (PMDB-AL), para a presidência do Senado.

O próprio Lula tem responsabilizado Mercadante pela decisão considerada “desastrosa” de lançar candidatura própria do PT à presidência da Câmara, em vez de tentar fechar um acordo com o PMDB. A tese do acordo foi defendida por outros ministros. Mas Mercadante bancou o enfrentamento contra Eduardo Cunha.

A situação do chefe da Casa Civil já começa a virar um problema até para Dilma. Isso porque ela não teria para onde deslocar Mercadante. “Fica difícil mudar um chefe da Casa Civil para outro ministério”, reconhece um colega de governo.

É verdade que a presidente reconhece que Mercadante é um auxiliar fiel e um cumpridor de ordens. Mas aliados avaliam que ele tem criado mais dificuldades políticas do que soluções.

 

 

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