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Miller nega crimes e amizade com Janot, mas admite “lambança”

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Ex-procurador ainda disse que não orientou a gravação da JBS do presidente Michel Temer (PMDB)

Por Jovem Pan / Foto: reprodução

Em depoimento à CPMI da JBS, o ex-procurador Marcelo Miller negou que tenha cometido crimes ao se aproximar da J&F, controladora da JBS, e supostamente praticar tráfico de influência durante o acordo de delação premiada da empresa.

O ex-membro da equipe da Lava Jato da Procuradoria-Geral da República (PGR) também negou proximidade íntima com o ex-procurador-geral Rodrigo Janot. Miller ainda disse que não orientou a gravação da JBS do presidente Michel Temer (PMDB) e do senador Aécio Neves (PSDB). Ele negou ser o “gravador-geral da República”. “Pela vida do meu filho, não mandei gravar o presidente, não”, garantiu Miller.

Miller foi convocado porque está no centro da crise que atingiu a PGR à época sob o comando de Rodrigo Janot. O ex-procurador é suspeito de fazer “jogo duplo” e orientar a JBS no acordo de delação premiada, quando ainda era do Ministério Público Federal. Miller deixou o cargo de procurador no MPF no dia 5 de abril e foi trabalhar na empresa Trench, Rossi e Watanabe Advogados, que tinha a J&F como cliente.

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