Secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, concedeu entrevista à Rádio Jornal na tarde desta quinta-feira (8)
Rádio Jornal / Foto: Jarbas Araújo/Alepe
Em entrevista à Rádio Jornal na tarde desta quinta-feira (9), o secretário de Planejamento e Gestão do governador Paulo Câmara (PSB), Márcio Stefanni, usou o mesmo tom de crítica adotado pelo Governo do Estado em nota divulgada no final desta manhã, quando comentou a Operação Torrentes, que realizou mandados de busca e prisões temporárias em Pernambuco. Alguns dos mandados de busca foram realizados em prédios públicos do Recife, entre eles o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado.
Para Stefanni, a operação da Polícia Federal foi “desproporcional”, quando levado em consideração que os documentos buscados pela PF não estavam no anexo do Palácio. “Pessoas ingressarem na sede do governo, na Casa Militar, que fica num anexo do Palácio do Campo das Princesas, com fuzis, com um aparato de força imenso, quando lá não existe nenhum documento referente à operação. Os documentos referentes à operação estão na coordenação da defesa civil de Pernambuco”, disse Stefanni.
Esse segundo prédio citado pelo secretário fica na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, e segundo ele, “lá, onde estavam os documentos, foi uma força muito menor. Então isso realmente causa um espanto e foi isso que o Governo do Estado expressou na nota”.
Nota do Governo do Estado:
Em sua nota, o governo criticou a abordagem da Polícia Federal. “É absolutamente lastimável o processo de espetacularização negativa das atividades de controle da atuação pública. O que assistimos hoje é exemplo da grave prática de buscar criminalizar toda a atuação dos agentes públicos e políticos”, diz a nota. E defendeu o trabalho desenvolvido para minimizar os efeitos das enchentes. “Os trabalhos da Operação Reconstrução envolveram grande número de servidores públicos, que realizaram um esforço extraordinário na missão de minimizar o sofrimento que as enchentes causaram à população pernambucana”.